quarta-feira, 25 de julho de 2012

Produtos de limpeza orgânicos são fabricados a partir de substâncias extraídas da laranja

Após dedicar boa parte de sua vida profissional ao setor financeiro, o ex-vice-presidente do Banco Real, Luiz Majolo, decidiu ser empreendedor e ter seu próprio negócio. Mas o modelo formatado, conquistado em 2006, precisava ser diferente, inovador, além de sustentável.

Como sempre esteve ligado à questões ambientais enquanto trabalhava na instituição bancária, Majolo decidiu seguir por este caminho e criou a TerpenOil, fabricante de produtos de limpeza orgânicos a partir de terpenos (produtos extraídos no esmagamento da laranja).

Segundo ele, isso significa extrair todo o óleo produzido pela casca dessa fruta com o objetivo de utilizá-lo como matéria-prima. “A laranja é uma fruta muito rica nesse quesito. Cerca de 70% desse óleo é exportado como commodity para diversos países, sendo usado como solvente em tintas e vernizes.

Aproveitamos seu potencial por oferecer alta concentração aos nossos produtos”, diz. As propriedades extraídas da fruta ajudam nas ações antibactericidas e na eliminação de odor dos ambientes. “Além da limpeza, conseguimos oferecer uma ar mais saudável aos clientes que fazem seu uso”, diz. Mas para atingir seu objetivo, Majolo encontrou a oportunidade certa no momento certo. “Havia na cidade baiana de Fortaleza uma pessoa que estava dando início a esse tipo de negócio, mas por alguma motivo desistiu e estava prestes a fechar a empresa. Foi então que assumi o negócio”, conta.

Mas para que o projeto ganhasse escala de mercado era preciso que estivesse alinhado a ele uma boa base de inovação tecnológica. Majolo recorreu aumpesquisador na Universidade Federal de Fortaleza, no Ceará, que trabalhava com esse tipo de projeto. “Foi então que consegui dar corpo ao negócio”, conta, mostrando entusiasmo pelo fato de toda a tecnologia ter sido produzido no Brasil. Segundo ele, há no Nordeste um conhecimento muito grande no segmento de óleo químico, que deveria receber mais atenção das demais regiões país.

Majolo argumenta que pelo fato de terem composição natural, a toxidade de seus produtos é infinitamente mais baixa na comparação com os tradicionais. “Não usamos agentes como soda, substâncias ácidas, corrosivas e outros petroquímicos agressivos. Trabalhamos com Ph neutro, enquanto os similares têm Ph muito alcalino”, explica.

fonte: Brasil Econômico

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